... é como andamos todos lá por casa. Muito tristes. Sei que há muita gente que não entende. Para muitos é só um cão. Mas para nós não era. Era o membro mais novo da nossa família. Na nossa casa não fazemos distinção entre canídeos, felinos ou humanos. São todos da família.
Para mim, o Igor era de facto especial. Era o meu maior amigo. Como é que eu não posso ficar triste, revoltado e desfeito?
Foi com ternura que constatei que o Igor era adorado por muita gente. Obrigado a todos os que escreveram, telefonaram ou apareceram na loja para demontrarem a vossa tristeza e o vosso pesar. Ajudou um pouco.
No entanto quando chegamos a casa ela não está lá. Quando acordamos ele não está lá. É difícil de perceber como é que num segundo ele estava tão contente a brincar e no outro estava ali, estendido e a esvair-se em sangue. É muito difícil. Sabemos que, com o tempo, isto vai passar ou atenuar-se, mas para já sentimos muito a falta deste pequeno ser.
Podia continuar a escrever sobre a nossa tristeza ou sobre o Igor mas vou parar. Nada que se faça, escreva ou diga o vai trazer de volta. Não vale a pena. Obrigado pelo apoio de todos.
José Santos